A juventude da década de 60 lutava contra a ditadura, a da
década de 80 lutava pelas eleições diretas e a juventude de hoje luta... pela
volta da ditadura. Será que eles nunca estudaram história na vida? Tipo, será
que eles não sabiam que não existia notícia de corrupção porque existia censura
na época?
Esse tipo de gente, seja neonazista ou reacionário, está em
todo lugar da internet. Em qualquer notícia publicada tem comentários
asquerosos culpando o governo por tudo (até mesmo se baterem o pé na quina da
mesa são capazes de culpar o governo). Mas por que será que existe tanta gente
assim? Pior: porque tanta gente jovem?
Observação: eu não estou dizendo que o governo é perfeito,
tudo de bom ou que é capaz de resolver todas as mazelas existentes do país. O
governo tem seus problemas. Sim, tem muito que melhorar, mas dizer que tá “tudo
errado” e ficar fazendo acusação sem provas e ameaça de mortes a representantes
do governo é algo completamente diferente.
Os blogueiros, mais precisamente os mais alinhados com a
ideologia do governo atual, gostam da teoria de que a velha mídia (leia-se
jornais e revistas) faz a cabeça destas pessoas. Estou escrevendo este post
para simplesmente acrescentar uma variável importante para esta equação que
sempre sai desapercebido por todos:
CALL OF DUTY
É inegável o sucesso dessa franquia, tendo lucros que fazem qualquer
estúdio de cinema ter inveja dos videogames e vendendo dezenas de milhões de
unidades anualmente. É a franquia mais famosa de videogames de consoles
(leia-se PS3 e Xbox360, principalmente a segunda). No Brasil, só perde para os
de futebol (FIFA e PES).
Todos os jogos (quase) hoje feitos para console querem ser
Call of Duty: querem imitar os seus números, tem a mesma estética amarronzada,
são de tiro (de primeira ou terceira pessoa) ambientados em guerras e (mais
importante) se CoD seguir uma ideologia política, quase todos irão seguir.
Esse post será feito para analisar o enredo, o conteúdo
político e as mensagens subliminares das subfranquias (sim, existe subfranquias
no videogame; cinéfilos vão ter que se sentir aliviados por existir apenas
franquias no cinema) Modern Warfare, Black Ops e o jogo mais recente Ghosts.
Eu estou ciente que as pessoas compram para ficar jogando a
versão multiplayer, mas isso não evita que muitas dessas joguem o single-player
(que funciona, basicamente, como tutorial do multiplayer) e isso não faz
desaparecer as mensagens subliminares existentes no single-player. Então, lá
vamos nós:
CALL OF
DUTY 4 ou MODERN WARFARE (2007)
Vou tentar resumir o mais rápido possível: um grupo
ultranacionalista (comunista) russo (liderado por Zakhaev) financia um golpe de
estado em um país inespecífico do Oriente Médio executa o seu presidente ao
vivo nas TVs, enquanto isso os EUA planejam em uma intervenção militar.
Eu sei o que você vai dizer: é basicamente a Ucrânia de hoje
só que com papéis invertidos.
EUA invade o país, o novo presidente foge para o Azerbaijão
e uma tropa americana (junto com aliados britânicos) são enviados para lá.
Encontram o presidente, o interrogam e, assim que descobre a ligação com
Zakhaev, o executam.
A tropa vai atrás do filho de Zakhaev por informações e,
assim que o filho tem ciência que os americanos vão atrás dele, comete
suicídio. Zakhaev culpa os americanos pela morte de seu filho e lança ogivas
nucleares contra os EUA como retaliação. Nem precisaria dizer o final: os
mísseis foram interceptados e o líder morto (apesar de seu assassino dar a
entender que também morreu).
CoD 4 é universalmente reconhecido como o melhor jogo de sua
franquia (eu diria que é o único bom) porque, apesar de vários dos elementos da
jogabilidade dos Cod de hoje foram introduzidos nesse jogo; este é o único da
franquia que condena a prática da guerra, ao invés de exaltar ou fetichizar.
Como assim, condenar?
Tem um momento do jogo que, durante uma guerra dentro da
cidade, uma ogiva nuclear é detonada por ali. O seu personagem cai deitado pelo
impacto e é obrigado a ver os destroços da bomba, com a destruição dos prédios
de cidade e a morte dos cidadãos enquanto rasteja lentamente até a morte: um
dos momentos mais dramáticos da história dos videogames.
Se eu estou falando que CoD é responsável por desinformar e
manipular as pessoas, porque estou exaltando esse jogo? Porque simplesmente a
franquia só vai de ladeira abaixo a partir de agora. Apertem os cintos porque a
descida é grande!
CALL OF
DUTY MODERN WARFARE 2 (2009)
História começa cinco anos depois de onde o antecessor
terminou: Zakhaev morre, Makarov assume o comando da facção ultranacionalista,
consegue o controle da Rússia e começa a praticar atentados terroristas por
toda a Europa.
Um desses dentro do próprio país. No famosíssimo nível “No
Russian”, você (jogando como um agente americano infiltrado na facção) é obrigado a assistir um grupo de terroristas da facção
fuzilando milhares de pessoas do aeroporto de Moscou e te incriminando por isso.
Muitos vão dizer que isso é uma tentativa de repetir o
evento traumático do jogo anterior, mas é mentira. Essa cena está lá apenas
para mostrar o quanto os comunistas são “malvadões”.
Então, uma força-tarefa americana vai rodando o mundo
(inclusive no Rio de Janeiro) atrás de provas que incriminem Makarov que, dito
anteriormente, culpa os americanos pelos atentados.
CoD: MW2 sofre do que eu vou chamar de “Sequelite” (neologismo),
ou seja, a necessidade de ser maior do que o antecessor. Maior. Mais
barulhento. Mais ameaçador. Mais explosivo. Mais dramático. Mais tudo. Mais.
MAIS. MAIS. Tinha uma explosão nuclear? Vamos botar várias! Um mocinho morreu
no final da fase? Vamos botar vários mocinhos morrendo no final das fases!
Atentado terrorista em um país? Vamos colocar em vários! Isso tudo tende a
piorar no terceiro jogo, mas vamos dar uma pausa agora, porque entre os dois
foi lançado o:
CALL OF
DUTY BLACK OPS (2010)
Se você acha que esta franquia ficou paranoica com a noção
de que a Guerra Fria ainda não acabou, você ainda viu nada. O jogo inicia com
uma missão de assassinar Fidel Castro. Só que o Fidel assassinado era um sósia,
o verdadeiro Fidel te captura e te envia para a União Soviética onde os
soviéticos fazem um interrogatório.
A história é tão confusa que nem vale a pena detalhar. Como
quase todo o jogo é passado em flashback (na época da Guerra Fria), foi-se
arranjado uma desculpa narrativa para encher de explosões a cada minuto,
cortando para outro flashback no exato momento em que fica chato (leia-se sem
cenas de ação).
Estranho perceber que, para os desenvolvedores desse jogo,
“Black Ops” parece significar “a céu aberto”. Quase nenhuma fase de espionagem,
tudo guerra das mais explosivas.
Grande maioria dos flashbacks se situa em momentos icônicos
da Guerra Fria, como na guerra da Baía dos Porcos e a Guerra do Vietnã, com a
diferença de que o jogo conta dando a impressão de que os americanos tivessem
“ganho” estas batalhas.
Enquanto essa subfranquia não se decide em que ponto quer
chegar, vou voltar ao:
CALL OF
DUTY MODERN WARFARE 3 (2011)
Nesse jogo… RÚSSIA INVADE OS ESTADOS UNIDOS. O que? Eu estou
falando sério. Invasão tipo “colocar a infantaria e ocupar cidades”. Não só com
os EUA, mas com toda a Europa simultaneamente (de onde saiu tanta gente?). WTF? Tipo, será que essa gente que fez o jogo não sabe o motivo da Guerra Fria
ser... FRIA? Tipo, invadir um país que tem arsenal nuclear é um suicídio.
Convenhamos que foi muito mais divertido para os
desenvolvedores criarem o jogo do que para os jogadores de fato jogarem (leia-se
imaginar como que seria se o país fosse invadido militarmente). Matar
comunistas na vizinhança durante uma invasão comunista é provavelmente o que se
passa na cabeça de Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo quando estão
masturbando. Os desenvolvedores estavam brincando com o ambiente como se
estivessem brincando com LEGO: montando, destruindo, desmontando, explodindo,
recolocando...
Porém tudo parece sem emoção e completamente fora de
contexto. Makarov, que em jogos anteriores tinha recursos limitados e uma
pequena facção, parece um vilão típico de 007, com um arsenal absurdo e
recursos quase infinitos. Cadê a coerência? Se quiser ser mais uma imitação de 007, tudo bem. Mas, por
favor, não me venha falar que isso é uma “guerra moderna” ou “realístico”.
Dito isso, vamos voltar a:
CALL OF DUTY
BLACK OPS 2 (2012)
A única semelhança entre esse e o seu antecessor direto (Black
Ops) é que compartilham o mesmo protagonista: Alex Mason (nome mais genérico
impossível). Ok, tem mais alguns outros personagens secundários também, mas nada tão importante assim.
Pelo menos eles decidiram que vai ser o vilão dessa vez:
Raul Menendez (Sim, um latino). Um traficante de armas que lucra vendendo armas
em guerrilhas africanas. Engraçado, sabendo que Oliver North foi
garoto-propaganda desse jogo e é um criminoso de guerra tendo feito EXATAMENTE
a mesma coisa que o vilão do jogo que ele vende.
Então por que North é herói e Menendez é vilão? Porque, além
da parte de North ser americano, Menendez também era líder da Cordis Die, um
movimento populista, que se intitula “os 99%”, de protesto contra a
desigualdade econômica, social e contra a ganância dos 1% dos mais ricos. Soa
familiar? (Occupy Wall Street)
Os métodos da Cordis Die? Hackear os computadores e tendo
acesso aos equipamentos militares americanos e o congelamento da bolsa de
valores chinesa, os dois maiores medos dos americanos de hoje. Ou seja: Cordis
Die é a mistura entre o Occupy e o Annonymous, duas das instituições locais que
os republicanos mais odeiam.
Parece que a franquia cansou de mirar os alvos mais
genéricos (árabes e eslavos) e está considerando que o vilão da história agora
é O POVO! Essa, com certeza, é uma das atitudes mais canalhas que alguém ou
alguma instituição pode tomar.
Não é só a mensagem que parece elitista: a sua jogabilidade
também é. Tem vários equipamentos que vários jogos poderiam basear toda sua
jogabilidade neles e aqui está só para aparecer por cinco minutinhos e nunca
mais usar. É aquela coisa de riquinho: tem tanta coisa que acaba não dando
valor porque tem em excesso.
Tirando a parte que o “povo é vilão”, a outra moral da
história é a de que máquinas “atestosteronadas” nunca irão substituir os homens
“másculos, honrados e viris”.
Observação: eu estou ciente de que o vilão usa o povo como
massa de manobra, mas isso não faz com que as organizações em si deixem de soar
malévola.
Tem como ser pior que isso? Ah, tem sim. Deixei o pior para
o final. Corrijo: deixaram.
CALL OF DUTY GHOSTS (2013)
Muitos podem pensar que, pelo nome, deve ser uma história
sobre eventos paranormais (seria excelente) ou sobre um dos personagens da
subfranquia Modern Warfare, mas na verdade é só um outro nome para guerrilha.
O vilão da vez? Toda a América do Sul. Sério!
Tipo, eu ainda não entendo porque ninguém, NINGUÉM aqui do
Brasil ficou PUTO ao saber dessa informação. Nenhum jogador ficou irritado ao
ser chamado de “vilão” pelos criadores de sua franquia favorita! Muito pelo
contrário: os fãs ficaram mais felizes do que nunca. Por que? Masoquismo? Desconhecimento do fato?
Sério, se alguém me chamasse de malvado e não tivesse uma
explicação profunda, filosófica ou existencial para isso (você é mal porque é
diferente de mim), eu certamente iria mandar o cidadão se enfiar nos confins de
seu retroperitôneo.
**suspiro**
O que os sul-americanos (no jogo são chamados de Federação)
fazem? Simples: Roubam ODIN. No jogo, a Orbital Defense Iniciative (ODIN) é um
satélite portador de mísseis nucleares, sendo um artefato capaz de atirar
ogivas nucleares em várias partes do planeta simultaneamente.
COMO? Tipo, será que eles nunca pensaram em como a ONU iria
reagir se soubesse que esse tipo de coisa existe? E, se isso existisse, não
seria justo se essa coisa fosse desativada, sabotada ou destruída? Pois é, lá vamos nós com essa história de “os estrangeiros são vilões
porque tem inveja de nossa liberdade”, ou seja lá o que isso significa.
Antes eles tinham que inventar algum inimigo externo para
combater (nazistas, comunistas), depois que todos estes acabam, eles inventam
um inimigo interno (terroristas, Occupy, Annonymous) e agora precisam inventar
algum inimigo externo que precisa de suas máquinas assustadoras para ser
ameaçadores (não que os americanos deixaram de ser ameaçadores para outros
quando tinha a supermáquina).
Para uma guerrilha, esses Ghosts são muito bem equipados: um
estoque absurdo de tanque e robôs assassinos, espingarda de todos os tipos e
várias bugigangas futurísticas. Sua primeira missão no Ghosts? Arrombar uma
base militar com um carro e sair atirando loucamente. Bem apropriado para uma guerrilha que diz gostar de atacar "que nem fantasma" (ironia).
Tipo, eu entendo que muitos podem interpretar como uma
indireta a vilanização do Hugo Chavez (corrigindo: Maduro), considerando que a
Federação é produtora de petróleo. Mas o pior é que o principal vilão da
história é um amigo do pai do protagonista. Ou seja: os nativos não são competentes
o suficientes para serem antagonista da história, pelo menos nem tanto quanto o
“homem branco”. Tipo, não basta só roubarem a super-máquina; é preciso roubar o
homem branco e fazer “ritual tribal” de manipulação mental nele.
O vilão não é mal porque ele é de uma etnia ou tem uma
nacionalidade diferente; ele é vilão porque é um americano que não está
alinhado com a ideologia norte-americana (Macartismo?).
É verdade que ninguém aqui no Brasil apontou que este jogo
era racista, pelo menos? Digo, uma invasão de latinos nos EUA é exatamente uma
analogia a imigração e essa necessidade de se proteger “deles” é algo
extremamente xenofóbico (pra não dizer racista).
CONCLUSÃO:
Como visto essa postagem, o enredo do single player só tende
a piorar ano após ano. Eu temo pelo que virá a seguir, não porque tenho pena da
franquia (eu nem me importo por ela), mas por sua enorme influência na
indústria dos videogames.
Eu não estou pedindo para que Call of Duty seja menos
conservadora ou ser de esquerda ou colocar os americanos como vilões ou os
russos/árabes como mocinhos. Eu sei que o foco não está no single-player. Só
peço para que não sejam racistas e xenofóbicos. Afinal de contas, isso poderia
atrair mais consumidores.
Lançado há poucas semanas, Titanfall é um game para consoles
completamente multiplayer online. Não sei se essa é a direção correta a ser
tomada por franquias que se sustentam de multiplayer online, mas essa é um
assunto a ser discutido em outro momento.
Bem legal seu texto; é importante que quem conhece bem o assunto fale a respeito. Games costumam ser da classe dominante para a classe dominante mesmo. A gente vê a quase completa ausência de mulheres, a menos que sejam vítimas ou fetiches. Todos os não-brancos são vilões ou coadjuvantes. CoD tem o adicional de ser profundamente ideológico. É algo como uma defesa dos ideais políticos estadunidenses. E o negócio funciona tão bem que os fãs da América do Sul gostaram de aparecer de alguma forma, mesmo que seja como "vilões". Patético.
ResponderExcluirPatty Kirsche,
ExcluirGames de console (PS3 e Xbox360) sempre foram algo considerado de elite, principalmente os da nova geração (PS4 e Xbone), que falarei no próximo post (provavelmente). Afinal de contas, é preciso de uma TV, energia elétrica, o console, o jogo, a assinatura online e também a conta de luz em dia (e uma sala de estar espaçosa, considerando o Kinect). É muita coisa. Aí esse pessoal não entende porque os jogos de Facebook ficaram tão populares.
Os fãs de CoD "justificam" a ausência de mulheres em seus jogos (em Ghosts, você pode jogar com avatar feminino no multiplayer, finalmente) por terem um "compromisso com o realismo" (aquela coisa de "a mulher não é obrigado a ir pro exército"), o que é completamente falacioso vindo de uma franquia que tem perseguição de jet-ski e astronautas com metralhadoras.
Cara é muito bom descobrir que eu não sou a única que enxerga mensagens negativas nesse jogo (e seus derivados). Acho extramemente importante discutir como os games influenciam a mentalidade dos jogadores, principalmente porque muitos deles são crianças e adolescentes.
ResponderExcluirMinha preocupação vem do meu primo que tem 12 anos e é fissurado em FPS, eu nem tanto. Um dos jogos favoritos dele era o Black Ops e pra mim ficou clara a mensagem que o jogo passou na tentativa de assassinato do Fidel Castro, que é, como vc citou, quem está deslinhando a nossa ideologia é o vilão e precisa ser eleminado. E meu primo é só um dos muitos meninos e meninas de 12 que vão jogar esses jogos e vão absorver essa ideia sem perceber.
Mas como a Patty disse games são da classe dominante para classe dominante e por isso o ideologia por trás dele também é pra essa classe e isso se torna um problema quando quem não faz parte da elite aceita essa ideogia sem contesta-lá.
Dé,
ExcluirHoje em dia, os games de console tem apenas um tipo de público alvo: homem branco hétero cis de 25-35 anos de classe média alta ou superior. Nem as crianças estão mais nessa lista (se tivesse, janeiro seria um mês cheio de lançamentos ao invés de um deserto árido de agora, ano passado foi exceção). Hoje, se as crianças quiserem jogar algo feito para elas no console tem que ser da Nintendo ou ficar no Sonic (principal motivo de, apesar de estar uma porcaria, ainda vende muito). Eu estou ciente que as crianças jogam esses jogos com classificação indicativa de 18 anos e os vendedores não deveriam vender esse tipo de jogo a elas.
A situação dos games hoje lembra muito a dos HQs na década de 90: as editoras maximizavam seus lucros visando apenas nesse público alvo e as crianças acabaram migrando para os mangás. Hoje é muito difícil convencer uma criança a ler HQ que não se pareça com um mangá (turma da mônica teve que mudar o seu estilo para continuar no mercado). Os super heróis das HQs só estão conhecidos hoje por causa dos desenhos animados e filmes porque quase não se vende HQ hoje por causa dessa mentalidade de 90. Videogames está seguindo esse rumo, infelizmente.
Gostei bastante do texto! Não tinha noção de como as histórias contadas pelos jogos da franquia eram tão reacionárias.
ResponderExcluirBárbara,
ExcluirVocê está falando isso porque ainda não sabe sobre Halo (é bem pior). Falando nisso, eu deveria fazer um post dedicado a Halo. Basicamente, Halo = Tropas Estelares + Mein Kampf.
Um dos motivos de não ser fã de jogo de guerra é essa visão de americano herói e o resto do mundo inimigos. Alias, Beyond Two Soul parece que não conquistou muito os criticos porque o jogo trazia um exercito americano totalmente diferente, uma vez que eles são o problema e não a solução, como é demonstrado nos jogos como CoD.
ResponderExcluirAlias, vi que você colocou meu blog ali do lado :P
Obrigada!
Pra quem está gostando do blog: criei uma página do Facebook para o blog. Favor curtir lá! https://www.facebook.com/nerderudito?ref=ts&fref=ts
ResponderExcluirNunca gostei dessa visão idiota e maniqueísta que CoD tem de guerras, mas confesso que o final do World at War me emocionou, deixo ele aqui com vocês: https://www.youtube.com/watch?v=g_TmGiGb90k
ResponderExcluirE lembrem-se, se não fosse pelos comunas, nós estaríamos falando alemão. hehe
se nao gosta,nao joga...simples...
ResponderExcluirPara um cara que enche a boca para falar que trata de assuntos importantes e que tem um blog único e etc, suas discussões são extremamente pobres. Sério, já tive discussões mais produtivas sobre o mesmo assunto e franquia quando estava bêbado,sem cair em generalizações tão forçadas(e pelos artigos posteriores, acho que não mudou nada).
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